top of page

Comunicação para gerenciamento de conflito – Parte 1: negociação



Se você é aquela pessoa que só de ouvir a palavra conflito tem vontade de sair correndo, que leva para o pessoal ou que se prepara para uma briga, fique aqui para a conversa.


O entendimento comum é de que conflito é algo ruim e que deve ser evitado a todo custo, pois surge acompanhado de tensão, ruídos e possibilidade de se transformar em um confronto. Porém, e se dissermos que ele pode ser frutífero? Divergir é algo natural das relações. O que vai decidir se o resultado será uma nova solução ou um bate-boca é a forma de lidar com a situação.


Resolvemos então nos aprofundar nesse tema e o dividimos em duas partes: negociação e mediação. Neste artigo, vamos falar sobre a comunicação para gerenciamento de conflito no viés da negociação, em que você é uma das partes divergentes. Acompanhe!


Qual a relação entre conflito e comunicação?


As pessoas são diversas, têm culturas, educações, filtros e opiniões distintas, o que pode vir a gerar conflitos de posicionamento ou de entendimento. Essa oposição de pensamento é natural, inclusive em relacionamentos saudáveis. O que não deve acontecer é isso virar um confronto.


É nesse ponto que entra a comunicação como uma reguladora, para as pessoas dialogarem de maneira respeitosa, eficaz e construtiva. Em geral, o conflito se torna um confronto devido a uma divergência mal administrada, em que certamente a comunicação foi ineficaz.


Podemos então afirmar que a comunicação garante que os possíveis conflitos se limitem a uma diferença de ponto de vista, circunstância que oportuniza novas soluções e aprendizados.


Quando as discordâncias se transformam em discussões agressivas, falta total de entendimento e inflexibilidade, a comunicação assertiva é a base da negociação e da mediação, com intuito de amenizar as tensões, conter os danos e viabilizar caminhos que atendam às necessidades de todas as partes.


Surgiu um conflito, e agora?


E quando você é uma das partes envolvidas no conflito? A lógica citada há pouco é a base: não se trata de uma desavença. As ideias ou posições contrárias não significam que a pessoa não gosta de você ou que quer te prejudicar, e sim que pensa diferente. Logo, o primeiro passo é ter consciência de que o outro não é seu inimigo e de que você não precisa agir como se estivesse em uma briga.


Os pilares da CNV (Comunicação Não Violenta) são seus aliados nessa missão. A empatia para te auxiliar no entendimento da outra pessoa, nas motivações e necessidades dela. Tendo clareza disso, você vai saber o que tem valor para ela e assim será mais assertivo na hora de propor uma solução.


A autenticidade, por sua vez, vai garantir a transparência consigo e alinhar sua proposta e a do outro com o que for bom para você também. E mais, ao perceber sinceridade em sua comunicação, as chances de a outra parte se abrir à escuta e até a concessões são bem maiores.


Na prática, como usar a comunicação no gerenciamento de conflito?

Agora vamos compartilhar dicas para você treinar e praticar a comunicação com foco na negociação em qualquer situação de conflito. Confira.


Pratique a escuta ativa


Tenha em mente o seguinte: sem escuta, não há comunicação. Isso porque a comunicação parte da conexão, do entendimento entre as pessoas. Então, se você não escuta, não percebe o outro, é praticamente impossível estabelecer um diálogo verdadeiro.


Sendo assim, disponha-se a ouvir mesmo as pessoas. Ou seja, dar atenção ao que elas dizem, buscar compreender as razões e as necessidades e respeitar o momento de fala delas sem interrompê-las e sem demonstrar sarcasmo ou impaciência em suas expressões faciais e demais elementos da comunicação não verbal.


Ah, e sabe aquele hábito de escutar já pensando na resposta, e não na compreensão? Pode riscar da sua vida, porque realmente não vai contribuir para o aperfeiçoamento da sua comunicação.


Entenda o lado do outro


Adotar a comunicação empática, como dissemos, é indispensável numa situação de conflito. Além de reforçar esse ponto, a ideia aqui é se aprofundar mais no entendimento do outro, na compreensão do universo simbólico dessa pessoa e em como ela enxerga o mundo.


É interessante também observar mais atentamente o perfil comunicativo de quem está em conflito com você. Na parte 2, vamos explorar mais esse aspecto. Vale a pena conferir.


Por que fazer isso? Para criar conexão, abrir uma porta para a negociação e até mesmo descobrir que estão debatendo pelo mesmo objetivo, apenas por óticas diferentes. Assim, poderão chegar a uma decisão equilibrada para ambos os lados.


Aprenda a conversar com a diversidade


O mundo corporativo está cada vez mais diverso, conta com olhares mais pluralizados e com equipes formadas por pessoas de diferentes perfis, etnias, culturas, idades e orientações. Dessa forma, é comum e esperado que ocorram divergências de ideias e pontos de vista distintos no cotidiano do time.


Essa realidade não pode se tornar um obstáculo para o andamento do trabalho, muito menos “azedar” o ambiente e o relacionamento. Inclusive, as organizações estão em busca de profissionais que dominem a habilidade de lidar bem com a diversidade.


Portanto, dedique-se a entender como dialogar com várias gerações, por exemplo, como eliminar termos capacitistas ou racistas do seu vocabulário, e assim por diante. Conviver bem em um grupo heterogêneo é um bom caminho para que um conflito seja fonte de crescimento humano e institucional.


Respeite o tempo das pessoas


O caldo entornou ou a outra parte verbalizou que não quer conversar naquele momento? Tome você a iniciativa de propor que o diálogo aconteça depois. No ápice das emoções, será muito complicado chegar a uma decisão democrática e proveitosa para vocês.


Respeitar o tempo também envolve não forçar uma mudança de comportamento ou pressionar o outro a absorver sua visão dos fatos, mesmo que você tenha razão em seus apontamentos. Por vezes, as pessoas precisam refletir melhor e de mais etapas para compreenderem algo. Trabalhe isso a seu favor, demonstrando empatia e abertura para dialogarem quando for possível.


Aperfeiçoe sua inteligência emocional na comunicação


Essa dica parece óbvia, não é mesmo? No entanto, precisamos reforçar a relevância de investir na inteligência emocional pelos tantos benefícios que ela nos traz e porque a forma como nos comunicamos está diretamente ligada às nossas emoções.


É ela sua principal aliada para manter o autocontrole, respirar antes de dar uma resposta atravessada, não se abalar com a postura das outras pessoas e executar todas as dicas anteriores.


Vai auxiliar também no entendimento das suas próprias demandas, ou seja, você terá mais capacidade de acolher suas emoções e de entender a raiz daquele conflito dentro de si. Nesse sentido, algumas perguntas podem trazer novas perspectivas e mais assertividade, como:


  • Será mesmo que eu tenho razão?

  • Será que não há contribuições num ponto de vista diferente?

  • Como expor ideias sem arrogância ou grosseria?

  • Por que isso me gerou um incômodo?


Viu como a comunicação para gerenciamento de conflitos facilita a negociação, evita que eles se tornem um problema real e ainda oportuniza a abertura de novas possibilidades e soluções?


Agora que você já aprendeu mais sobre como lidar com o conflito quando é parte da situação, continue acompanhando o blog da 2um para conferir a sequência deste conteúdo e saber como usar a comunicação para mediação de conflitos.


 

Kommentare


ENTRE EM CONTATO

Nosso time está pronto para lhe atender! 

Telefone e WhatsApp: +55 31 98736-8400 
contato@2um.com.br

Rua Bernardo Guimarães, 245, 5º andar, Funcionários
Belo Horizonte | MG

  • Branca ícone do YouTube
  • Branca Ícone Instagram
  • Branca Ícone LinkedIn
  • Branco Facebook Ícone
bottom of page